domingo, junho 07, 2009

Primeiro ensaio sobre Amor

Por muito tempo pensei em escrever algo sobre o Amor. Exitei todo esse tempo pois ainda não me sentia pronto para encarar esse assunto, não que isso tenha mudado, pelo contrário, tenho certeza de que minhas idéias sobre esse sentimento ainda não são as definitivas. Pode ser que em minha ignorância, nem mesmo consiga uma definição satisfatória sobre o assunto em toda a minha vida. De qualquer forma, que iniciemos o processo...

Só posso dizer sobre aquilo que já experimentei e vivi, assim onde posso dizer que já amei e fui amado? Em casa? Com minha família? O Amor de pai, o Amor de mãe, o Amor dos irmãos? Sinto um imenso carinho por esses seres: Minha família. As pessoas que residem em meu lar.

Já estive muito bravo com meu pai. Anos de rebeldia em minha adolescência (quem não teve?). Já o vi cometendo muitos erros. Fiquei triste por isso.... fiquei bravo por isso... já o julguei por isso... já o condenei por isso... tantas vezes... e o pior é que sei que ele continuará cometendo erros, velhos e novos. Mesmo assim, hoje eu o respeito muito... compartilhamos dores... compartilhamos felicidades... compartilhamos pensamentos... e diferenças. Sim, sou muito diferente do meu pai. E dessas diferenças, surgiu o relacionamento que possuímos agora. Desejo muito o bem dele e sentiria muito a sua falta se não estivéssemos juntos.

Minha mãe proporcionou a mim uma bagagem imensa de experiências sentimentais/emocionais. Tivemos altos e baixos (meu pai que o diga!), mas assim como com meu pai, apesar de todas nossas diferenças, tenho um carinho e respeito imensos por ela, apesar das inúmeras vezes em que não entendi suas atitudes, deixando-me alegre em alguns momentos... e triste em outros... Desejo muito o bem dela e sentiria muito a sua falta se não estivéssemos juntos.

Seguindo essa mesma linha, encontro minha irmã. Não há o que mudar em meu relacionamento com ela, de acordo com o que já escrevei sobre meus pais. Alegrias e tristezas, decepções e vitórias, ajudas e socorro, tudo envolto em carinho e respeito. Desejo muito o bem dela e sentiria muito a sua falta se não estivéssemos juntos.

O que noto nisso tudo é que, apesar de TODAS nossas diferenças e TODAS nossas semelhanças, ainda não consigo ficar longe dessas pessoas. Não consigo ignorar suas dores. Fico feliz com as suas vitórias. Fico triste com as suas derrotas. Me esforço para trazer harmonia à eles, apesar de que em muitas vezes fui o responsável por quebrar a Paz...

É nessa onda de contradições que chamo Camões para me ajudar:

"(...)
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?" - Luís de Camões

Se ele não conseguia responder à pergunta, quem sou eu para arriscar?

Digo somente que minha família só está junta devido ao Amor que sentimos mutuamente. A força que une as diferenças apesar de tudo! Esse é o primeiro ensaio sobre o Amor...

Aaaaaaatchiiiiiimmmm

Ufa!

Dessa vez o intervalo entre os ciclos de postagens foi menor... apenas um pouco mais de um ano...

De qualquer forma, é muito bom estar de volta! Não que isso signifique uma onda ininterrupta de postagens. É bem provável que demorarei muito para as próximas...

Enfim, que venham as inspirações...