terça-feira, setembro 06, 2011

Segundo ensaio sobre o Amor

Ainda sinto a necessidade de falar sobre o Amor, por mais pieguas que seja o assunto. Se eu o sinto, por quê não o comentar?

Lembro-me que em meu primeiro ensaio, propositalmente repetitiva em alguns pontos, abordei meu relacionamento com minha família para conseguir falar sobre minhas primeira reflexões sobre o tema. Deixando minha família de lado, apenas nesse texto é claro, cito outro ponto de reflexão importante. Amei sim uma mulher.

Perdoem-me os românticos e apaixonados, mas se vocês esperam um relato cheio de sentimentalismo, salientando minhas emoções e sensações diante de minha amada, sinto desapontá-los (na verdade não sinto). A seguir está apenas o esboço do que aprendi com essa experiência. Digo esboço porque de fato ainda tenho muito o que aprender sobre amar e ser amado. E, como sempre, tenho nenhuma intenção de cristalizar minhas idéias sobre o assunto.

Não me recordo o momento exato em que cheguei à conclusão de que eu a amava. Apesar de que enquanto estávamos juntos eu dizia "te amo" (e ela também), acredito que só após a nossa separação é que pude ter certeza do sentimento. Felizmente durante o relacionamento senti uma torrente de sentimentos que me experimentaram implacavelmente. Ansiedade, medo, inveja, ciúme, amizade, carinho, solidão, raiva, misericórdia, paciência, tolerância, impaciência, intolerância, respeito... entre muitos outros. Cada um desses sentimentos me atingiu de forma distinta, em momentos e intensidades diferentes. Curioso notar as contrariedades. Nesse ponto devo concordar com Camões e com Olavo Bilac, pelo menos em parte: os antagonismos que citei acima e o fato de que só quem já amou consegue compreender determinadas atitudes e posturas de si mesmo.

Ao final, sofri com a separação. Nada de desespero, nada de frases prontas de fim de relacionamento. Não houve um "minha vida sem você não tem sentido", muito menos um  "morrerei se não estiver com você". Sofri e isso foi o bastante. O mais importante desse sofrimento foi a reflexão e o abrir de olhos em relação à Felicidade. Sou feliz sim, muito feliz! Mas, esse assunto pede outro post. Falar de Amor requer falar sobre Felicidade, assim, para sua tristeza, este ensaio ainda não acabou...

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